terça-feira, 27 de dezembro de 2011

VIVA A CRISE


Frei Fernando Ventura










Isso mesmo, assim…, sem pontuação, sem sublinhados e sem sinais, sem acordos, por mais ortográficos que sejam. 

VIVA A CRISE

Só assim mesmo, um imperativo. Um imperativo de consciência. 

VIVA A CRISE

Só assim mesmo, uma interrogação. Uma interrogação, de dignidade.

VIVA A CRISE

Assim sem mais, sem glosas nem variações do politicamente correcto.

VIVA A CRISE

Neste novo ano que agora se inicia. Neste 2012 com tudo por inventar. Neste 2012, ANO NACIONAL E INTERNACIONAL DA SOLIDARIEDADE.

VIVA A CRISE

Isso mesmo, ANO NACIONAL E INTERNACIONAL DA SOLIDARIEDADE, assim…, sem pontuação, sem sublinhados e sem sinais, sem acordos, por mais ortográficos que sejam.

VIVA A CRISE

Neste 2012, o ano de recriar a aritmética do tempo novo e do Novo Tempo. Tempo de DIVIDIR para MULTIRPLICAR e de ADICIONAR sem SUBTRAIR nada a ninguém.

Se assim for, 

VIVA A CRISE, vivamos a CRISE, neste imperativo de consciência, que mudará a história na medida em que as nossas consciências se mudarem, na medida em que formos capazes de entender que se não vivermos a vida, seremos vividos por ela e eu, não quero, não tenho tempo, tenho mais que fazer…

Há mais apressados por aí?

Então vamos a isso, vamos juntos, vamos todos, vamos pegar nisto, vamos pegar em nós e fazer a revolução. Pode ser?

Vamos mandar os senhores do tempo, os senhores da política do partidarismo bacoco, da economia que faz de nós carne para canhão, da finança que só sabe entender a linguagem da especulação criminosa, vamos mandá-los à mera… isso mesmo, à mera consideração das suas ideias.

Este tempo é o nosso de inventar a matemática da SOLIDARIEDADE. Este tempo é o nosso de dar a volta a isto. Não podemos parar os comboios, não podemos parar os aviões, não temos sucatas para negociar, nem robalos, nem alheiras, nem títulos de participação, nem sub-primes, nem primos nem primas… a que nos agarrar… mas temo-nos a nós, inteiros, vivos, com esta raiva que nos corre nas veias e que ninguém tem o direito de manipular ou de se “assenhorar”. 

Não temos nada, mas temo-nos a nós! Por isso, senhores, temam-nos a nós!

Somos mais que números a contar no final das vossas manifestações. 

Somos mais do que gente para mandar gritar na rua, mas depois de enrolarmos as bandeiras… não temos onde as meter… 

Somos mais do que pagadores das asneiras que nos fizeram e que nos fizeram fazer. 

Somos mais do que exercícios contabilísticos de ignomínia e discórdia. 

Somos MAIS, muito mais… somos muitos mais, por isso temam-nos a nós que nos temos a nós.

E não estamos de férias como os nossos parlamentares, de todos os partidos, que foram para casa mais cedo. Não estamos de férias, não temos férias nem subsídios, nem feriados, nem dinheiro, mas temo-nos a nós; por isso temam-nos a nós.

Nós, sem vós e sem voz daremos a volta a isto. A revolução está na rua! Em tantas iniciativas que um pouco por todo o lado estar a ver gente a dar a mão a gente para que cada vez mais gente seja gente e para que nunca ninguém perca a dignidade de ser pessoa.

Nós estamos aqui. Não estamos de férias. Estamos na luta, na exclamação e na interrogação. Na indignação pelo direito à dignidade.

VIVA A CRISE, VIVAMOS A CRISE
Bom Ano 2012

sexta-feira, 16 de dezembro de 2011

Natal com menos... Natal melhor

O Natal é uma época cada vez mais controversa. Hoje perguntamos a alguém o que celebramos a 15 de Agosto e poucos são os que respondem. Foi-se perdendo, no tempo, o significado deste dia e para a maioria é um feriado que dá jeito quando as férias são em Agosto... Podendo fazer-se o mesmo exercício para o 1 de Dezembro.
Com o Natal e o seu verdadeiro sentido, está, lentamente, a passar-se o mesmo. Época comercial por excelência, expulsou o Menino Jesus das montras e substituiu-o por uma figura materialista de aspecto bondoso de barba branca. A diferença é que a um se pode pedir amor, paz, caridade entre os homens e ao outro se podem pedir "coisas", pistas de carros, telemóveis, relógios... e que a tudo responde à medida da nossas bolsas.
Já, noutros momentos aqui apresentei o Frei Ventura, uma figura "fora da lei" deste tempo, convidando-vos a ouvi-lo falar do Natal, reposicionando-o na actualidade, nunca perdendo o verdadeiro sentido da humildade do acto do Salvador nascer numa manjedoura. Convido-vos, crentes e não crentes a ouvir e reflectir este video. Mesmo os não crentes devem saber o que aconteceu de tão significativo há mais de 2000 anos, que ainda hoje é celebrado.
Natal, não é qualquer coisa para uma troika questionar! Se nos descuidamos, um dia destes.... 

sábado, 26 de novembro de 2011

Escolhas de merda!...


Não é meu hábito ser tão directo, confesso que sou "redondo" de mais, na forma de dizer. Mas foi o título que me veio à cabeça e não lhe resisti. Ainda pensei, será que me saltou a tampa?... mas não, estava no sítio! Olhei à volta e... "tudo na mesma"!

Um país cheio de gastos, impossíveis de estagnar, independentemente dos permanentes garrotes. Deitado numa maca, no corredor de um hospital, cheio de médicos e paramédicos ao seu redor, cada um com seu choque terapeutico, à vez, para aplicar, em agonia, a um doente que devia estar numa cirurgia dirigida e organizada por chefe de equipa competente.

Mas não, continua no corredor do hospital, triado até à medula. Até já houve mudanças de turno. Mas foi só para dar continuidade à agonia, sustentando o enfermo preso à vida por mais garrotes, que vão sendo colocados à mercê das rupturas que vão surgindo e provocando novas hemorragias, não evitando as transfusões de sangue, que escasseia cada vez mais nos bancos nacionais de dadores, tendo que se recorrer a bancos de sangue de outros países.

É este o país moribundo que temos, que conhecemos faz umas dezenas de anos, entregue a equipas de médicos de merda, que não têm feito mais do que dar suporte avançado de vida ao enfermo, cobrando horas e mais horas extraordinárias e mais pareceres a colégios de especialistas, que mais não fazem que o troar de um coro sem maestro, tal é dissonância de vozes que o compõe.

Face a este estado, perguntaram à família do doente qual era a melhor equipa, qual preferiam? A família respondeu que gostaria de ouvir as partes que se propunham tratar o doente, para melhor decidirem. E não foi fácil tomar uma decisão, tal era o coro de soluções, de promessas, dum lado e do outro. Reunido o concelho familiar lá se decidiram por uma das equipas duma forma mais ou menos consensual, mas justa!

Mãos há obra, o doente, agora está bem entregue!

Nem saíram do corredor, foi mais do mesmo, garrote, atrás de garrote. Agora mais apertados, pois as hemorragias, não estagnam. A equipa que parecia dinâmica, fresca, radiante de esperança e realista, vira, ainda no corredor, para uma postura derrotista, medrosa, cobarde, dando o dito por não dito...

Reunida a família o diagnóstico foi consensual, se uma equipa não prestava, a outra não parece sair disso!

Duas equipas de merda... e agora?

sábado, 12 de novembro de 2011

Armando Vara - Confrontado por um Popular

Quanto à corrupção que lavra por esse país fora... já muito se falou. Chegou o momento de passar à acção e tratar estes senhores, que são julgados e que condenação após condenação, saem impolutos de todos os processos, sempre com a teoria da cabala política, DESTA MANEIRA!



Este senhor, se não fosse o Procurador Geral da República e o Presidente do Supremo Tribunal de Justiça, mandarem destruir os telefonemas que teve com o PM, não tinha salvação possível de uma condenação... assim trocou uns robalos por um pão de ló!

Se os tribunais, não conseguem sair dos processos para julgar os factos, que são públicos e conhecidos, podemos usar estes meios para desmascara estes senhores, para os enxovalhar, para que tenham vergonha de andar de cara levantada.

Grande momento de indignação este, os que se sentem revoltados revêem-se nesta posição e terão que divulgar este video, para que se repita mais vezes! Se todos tivermos esta coragem, no nosso país haverá menos corrupção, nós teremos que PAGAR MENOS IMPOSTOS e teremos um PORTUGAL MAIS JUSTO.

Isto é impossível! Uma treta, basta que queiramos! Os que dizem que é impossível são os que querem que isto continue na mesma, pois é disso que vivem, da lama e da trapaceirice!

quinta-feira, 22 de setembro de 2011

Cebola - RTP - PRAÇA DA ALEGRIA

Viva S. Jorge da Beira, a Adelaide e meu primo "Tigre", Hermínio, agora promovido a condutor do TGV e o Fernando.
É assim a minha gente, foi ali que eu nasci e disso tenho muito orgulho, simples, alegres, vivos e autênticos, haverá alguma coisa melhor para preservar?



(ver video clique aqui)
RTP - PRAÇA DA ALEGRIA
Ver aos 17m e 45 segundos.


Adelaide Vilela - Poetisa


Hermínio "Tigre" e Fernando - Mineiros


PORTUGAL SEM FRONTEIRAS
Mais uma vez a Adelaide Vilela foi uma embaixatriz orgulhosa de S. Jorge da Beira, desta vez a "solo", mas nem assim as palavras lhe ficaram a meio:

Veja o video:
 1ª Parte





Depois deste set de apresentações da nova obra da Adelaide Vilela, "Horizontes de Saudade" fica-me um amargo de boca. O entusiasmo e o movimento que sinto à volta de determinados eventos que enriquecem S. Jorge da Beira, neste caso não tem correspondência. Algum recato até! 
É como se um filho da terra, ausente por tempos, subisse, no seu regresso, da Ponte até à Amoreira e as pessoas que antes, riam, "salvavam" e estavam às janelas e soleiras, à sua passagem se recolhessem, trancando portas e janelas.

Reconheço na sua obra um trabalho em prol da cultura portuguesa e uma ponte entre gerações e diferentes realidades de viver e sentir Portugal, tem  todo o meu respeito e incentivo. Digo isto sem rodeios, nem vassalagens. Nunca me ouviram elogiar a obra escrita, nem o estilo da Adelaide, não o sinto, não me toca e, eu, não o exprimo. Outra coisa é ver na Adelaide uma Mulher com objectivos, lutadora, generosa, amiga, desinteresada na partilha que faz do "seu palco", que não está ao alcance de todos. Esta sua passagem por Portugal é um exemplo do que acabo de dizer.

Não vou esconder que o principal objectivo da Adelaide é a promoção do seu livro, mas sem esquecer esse objectivo, juntou-lhe a divulgação da sua Região, da sua terra e das suas gentes, enobrecendo-o.

Pergunto, isto não devia ser motivo de regozijo para todos?  Ou, a Adelaide, esteve mal quando aproveitou para levar o nome e as gentes de S. Jorge à ribalta?

sábado, 18 de junho de 2011

Atentado Ambiental?

O mundo está de pernas para o ar!
Confesso-me já, para que não residam dúvidas quanto à minha posição, não sou ambientalista militante (daqueles que estão presos a lobbys e fontes de financiamento das suas organizações), sou um ambientalista praticante (daqueles que não cospem no chão, não maltratam os animais e as plantas, que goza com uma bela paisagem, que adora um regato de águas cristalinas, que corre e canta... um bucólico!)

Referindo-me ao documento exarado por reputados técnicos da Universidade de Porto, "Parecer sobre a realização de actividades todo o terreno sobre as escombreiras das Minas da Panasqueira" reafirmo a minha posição de desdém pelo aproveitamento que se pode estar a fazer sobre a interpretação deste estudo, que assenta em bases científicas de reputados técnicos. A primeira pergunta que deve ser colocada é a de saber se a escombreira, onde se realizam as referidas provas, está sob as condições descritas no estudo?

Nasci há 50 anos no Hospital da Barroca Grande e não me lembro de ver, nunca, uma barragem de lamas sustentada pela escombreira onde se efectua a prova (3), as barragens de lama, situam-se no sopé da escombreira (1) em causa para esta iniciativa (3) e está inactiva, ou seja, não está mais a ser utilizada com novas derramas. A nova barragem de lamas (2) situa-se, no extremo do aterro, para trás do saudoso campo de futebol "novo" (4).
1- Barragem Velha, 2 - Barragem nova, 3 - Local da Prova, 4 - Campo da Bola
Parece-me pois, após observação mais exacta dos locais, que atribuir o epiteto "Atentado ambiental?" a uma iniciativa que embora arriscada e feita num local que apresenta inúmeros perigos, é uma actividade radical, é inadequado. Deixaria de o ser (radical) se não tivesse estes requisitos! Agora, a partir deste estudo, afirmar que é esta actividade que põe em perigo a sustentabilidade das lamas, altamente poluentes, é no mínimo ridículo, atendendo a que a movimentação diária de máquinas e de inertes no cimo das escombreiras, que representam milhares de toneladas de deslocação feitas por material pesado,  não são referidas no mesmo estudo.

O perigo ambiental, sempre existiu e, ainda segundo o estudo, o "material inerte perdurará no tempo para bem do ambiente e da sociedade". Portanto, falar de atentado ambiental, neste contexto, é sacrilégio. Afirmar que o evento põe em perigo seja o que for, é uma generalização vaga, uma atoarda.

Devemos fazer uso deste estudo, isso sim, para fazer pressão sobre aqueles que economicamente beneficiaram do "ouro negro" e ali deixaram o lixo, fazer pressão sobre as autoridades que o licenciaram e o oneraram (sabem que a licença que autorizava a BTWltd a fazer derramas no Rio Zêzere teve um custo de umas centenas de escudos, por ano, até há meia dúzia de anos atrás?...). Aqui sim, estamos no "ambiente" certo para assacar responsabilidades e exigir medidas que evitem piores males.

Deixem que os radicais que gostam de gozar nas barreiras do aterro, desfrutem da adrenalina do desafio. Deixem que os que gostam de ser espectadores deste tipo de actividades tenham esse prazer. Deixem que a região se desenvolva à volta de eventos que requerem imaginação e criatividade e trazem visitantes e reconhecimento. Não sejamos nós a destruir a publicidade dos media, que tantos milhões custa a angariar e que, neste caso, foi de custo zero, dando-lhe um efeito contrário ao pretendido.

Sabem que nas escombreiras da Panasqueira houve, recentemente, um incidente grave provocado pelas chuvas? Este estudo também se aplica a essa situação. Mas como o problema não foi mediatizado, está esquecido! Então, aqui fica o link para a página de Cebola, onde foi noticiado para que os referidos técnicos se debrucem sobre ele e encontrem uma solução ambiental sustentável.

Sejamos vigilantes, mas entreguemos a "Carta a Garcia"!

segunda-feira, 28 de março de 2011

Uma Estadista!

M. Sousa Tavares, acaba de entrevistar a Presidente do Brasil! 


Vejam a diferença de postura de uma estadista que representa mais de 190 milhões de pessoas, comparado com os nossos marialvas, Zé Sócrates, PPCoelho, Paulos Portas, Franciscos.... 10 a zero!




-10 anos atrás quem diria que este discurso, lúcido e tranquilo era possível no Brasil?
  
Foi um descamisado... Lula, que lhe abriu o caminho!... Um metalúrgico inculto, à luz dos nossos canons, amanhã Doutorado Honoris Causa pela Mui Nobre Universidade de Coimbra!


Impossível? Só com marialvas!

domingo, 27 de março de 2011

Já ouviram falar verdade?

Ora aqui está um documento que merece ser divulgado para poder ser visto pelo maior número de portugueses possível. Os mais altos magistrados da nação já o viram e ouviram. Como testemunhas, presenciaram este discurso e deviam ter corado de vergonha, por alguém ter tido a coragem de dizer isto na sua presença, sem vacilar, sem pestanejar e sem rodeios. Já passaram uns dias desde a abertura do ano judicial, altura em que este discurso foi proferido, só agora começa a circular! Ao ouvi-lo percebe-se porquê, nem os meios de comunicação social lhe deram significativa cobertura e, provavelmente, isolar estas palavras, mantendo-as afastadas dos milhões de portugueses que as sentem era um objectivo. Marcelo Rebelo de Sousa, chamou a Marinho Pinto, quando se candidatou a Bastonário, o representante dos descamisados, uma espécie de "Sans-Culottes" da Revolução Francesa e, aqui, percebe-se porquê!



Não me identifico com a linha de orientação de Marinho Pinto, como Bastonário da Ordem dos Advogados, considero muitas das suas tomadas de posição incendiárias. Não concordo com as suas tomadas de posição contra os recém licenciados em Direito e as dificuldades que lhes levanta para se inscreverem na Ordem (um grupo corporativo com poderes discricionários). Mas tenho que reconhecer a sua coragem e o seu sentido de oportunidade para dizer o que disse, no forum certo e com os ouvintes convenientes.

A mim, as palavras que proferiu tocaram-me, aos presentes na cerimónia?... não sei!... mas iam bem dirigidas e só um demente não as entende.

Não percam!



quinta-feira, 17 de março de 2011

O Diário do Professor Arnaldo - A fome nas escolas

(Hoje um amigo enviou-me este mail, pedia para não parar a sua divulgação... não sei se é ficção ou realidade, cada um ajuizará!)

Publicado em 19 de Novembro de 2010 por Arnaldo Antunes

Ontem, uma mãe lavada em lágrimas veio ter comigo à porta da escola. Que não tinha um tostão em casa, ela e o marido estão desempregados e, até ao fim do mês, tem 2 litros de leite e meia dúzia de batatas para dar aos dois filhos.


Acontece que o mais velho é meu aluno. Anda no 7.º ano, tem 12 anos mas, pela estrutura física, dir-se-ia que não tem mais de 10. Como é óbvio, fiquei chocado.
Ainda lhe disse que não sou o Director de Turma do miúdo e que não podia  fazer nada, a não ser alertar quem de direito, mas ela também não queria nada a não ser desabafar.

De vez em quando, dão-lhe dois ou três pães na padaria lá da beira, que ela distribui conforme pode para que os miúdos não vão de estômago vazio para a escola. Quando está completamente desesperada, como nos últimos dias, ganha coragem e recorre à instituição daqui da vila - oferecem refeições quentes aos mais necessitados. De resto, não conta a ninguém a situação em que vive, nem mesmo aos vizinhos, porque tem vergonha. Se existe pobreza envergonhada, aqui está ela em toda a sua plenitude.


Sabe que pode contar com a escola. Os miúdos têm ambos Escalão A, porque o desemprego já se  prolonga há mais de um ano (quem quer duas pessoas com 45 anos de idade e habilitações ao nível da 4ª classe?). Dão-lhes o pequeno-almoço na escola e dão-lhes o almoço e o lanche.
O pior é à noite e sobretudo ao fim-de-semana. Quantas vezes aquelas duas crianças foram para a cama com meio copo de leite no estômago, misturado com o sal das suas lágrimas...
Sem saber o que dizer, segurei-a pela mão e meti-lhe 10 euros no bolso. Começou por recusar, mas aceitou emocionada. Despediu-se a chorar, dizendo que tinha vindo ter comigo apenas por causa da mensagem que eu enviara na caderneta.

Onde eu dizia, de forma dura, que «o seu educando não está minimamente concentrado nas aulas e, não raras vezes, deita a cabeça no tampo da mesma como se estivesse a dormir».
Aí, já não respondi. Senti-me culpado. Muito culpado por nunca ter reparado nesta situação dramática.
Mas com 8 turmas e quase 200 alunos, como podia ter reparado?

É este o Portugal de sucesso dos nossos governantes. É este o Portugal dos nossos filhos.
É este o Portugal de sucesso e orgulho do Sócrates!!!!

Divulguem e não se cansem de divulgar por esse mundo fora... Não se calem... Pode ser que chegue à assembleia da República das Bananas!

Perguntem ao Sócrates e aos Boys se têm passado muita fome e quem é que lhes paga a gasolina e os fatos comprados em Nova Iorque!
 

sexta-feira, 28 de janeiro de 2011

Jantar no Olissippo - directo


Com uma participação que ultrpassou todas as expectativas, decorre no Hotel Olissippo o Jantar para a abertura do terceiro aniversário das comemorações da Tertúlia de Lisboa.
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sábado, 22 de janeiro de 2011

O que queremos para Portugal?

Aldeia da Coelheira em Albufeira - que (A) grande palhaçada! 
Qual é o desígnio que queremos que o futuro nos reserve? O de um país marginal conhecido pela pedinchice e pela permanente eminência de ruptura ou um país em desenvolvimento, onde a palavra de ordem é verdadeiramente PORTUGAL?

Cada vez mais portugueses se revêm, cada vez menos, nesta classe política, na geração de políticos em funções e na magistratura que decorre dos poderes constitucionais independentes. Ao contrario do que a Constituição declara, a promiscuidade enredada em teias complexas de interesses está instalada ao mais alto nível e, a independência, garante de uma sociedade controlada por um poder e uma justiça que a todos proporcionam igualdade de direitos e deveres, está refém de um poder económico sem escrúpulos que tudo atropela, galopando desenfreado à vista de todos, assumindo já um plano de normalidade, tão bem expressa naquela afirmação quotidiana do "É assim...". Resignados, portanto! 

Este domingo, será, mais uma vez, a expressão dessa resignação e teremos, os habituais candidatos, eleitos para as habituais funções, que continuarão com as habituais relações! Tudo normal, portanto!

Na realidade é tudo quanto precisam para tapar a imundice em que se movem, com uma pequena diferença, quem é que puxa o cobertor desta vez? Porque ou se tapa a cara e destapam os pés ou o contrário. E, quer dum lado, quer do outro, a imundice é a mesma!

Qual é a solução? Os homens bons não se querem expor ao vexame desta imundice. Sobram os crápulas, os "testas de ferro", os "capangas" de uma economia em ruína, que atira para o saco público os seus devaneios e as suas vanidades. Depois, uns fogem, outros andam por aí de recurso em recurso, até ao arquivamento final. Ficha limpa e começa tudo de novo! Hoje, é este o nosso destino.

Será que todos queremos continuar assim? É claro que não... e o desesperado apelo ao voto de alguns candidatos mais destacados, mostra-nos o caminho, o que lhes mete medo, a abstenção! Mas há uma arma ainda mais afiada para combater este estado de coisas: o Voto! Sim, o Voto em Branco! É a única forma que temos, de pacificamente e responsavelmente,  deixarmos esta classe de políticos e magistrados que os apoiam e que lhes dão cobertura, sem ar. Será a única forma de os fazer tremer, lá do alto dos seus cargos. Será a única forma de lhes cortar os tentáculos que a todos prejudica e só a eles beneficiam.

A abstenção, embora possa ter a mesma leitura, não tem a mesma força do Voto em Branco. A primeira, pode sempre representar o laxismo, a irresponsabilidade e o comodismo; a segunda, representa o protesto a vontade de mudar, representa a mensagem de que "não vos queremos, vão-se embora!".

Em quem votas então? Eu voto...


sábado, 8 de janeiro de 2011

Este é o tempo da Revolução dos não violentos!

Uma proposta do Frei Fernando Ventura, num discurso simples, claro, objectivo e directo. Vale a pena ouvir esta mensagem de paz e de solidariedade. As suas palavras são serenas, apesar de atingirem, em cheio, o alvo. Não têm rancor, mas são formuladas com propostas concretas e simples. Ninguém pode ficar indiferente, nem pode deixar de saber quem são os "Caim" e os "Abel" deste mundo!