sábado, 22 de janeiro de 2011

O que queremos para Portugal?

Aldeia da Coelheira em Albufeira - que (A) grande palhaçada! 
Qual é o desígnio que queremos que o futuro nos reserve? O de um país marginal conhecido pela pedinchice e pela permanente eminência de ruptura ou um país em desenvolvimento, onde a palavra de ordem é verdadeiramente PORTUGAL?

Cada vez mais portugueses se revêm, cada vez menos, nesta classe política, na geração de políticos em funções e na magistratura que decorre dos poderes constitucionais independentes. Ao contrario do que a Constituição declara, a promiscuidade enredada em teias complexas de interesses está instalada ao mais alto nível e, a independência, garante de uma sociedade controlada por um poder e uma justiça que a todos proporcionam igualdade de direitos e deveres, está refém de um poder económico sem escrúpulos que tudo atropela, galopando desenfreado à vista de todos, assumindo já um plano de normalidade, tão bem expressa naquela afirmação quotidiana do "É assim...". Resignados, portanto! 

Este domingo, será, mais uma vez, a expressão dessa resignação e teremos, os habituais candidatos, eleitos para as habituais funções, que continuarão com as habituais relações! Tudo normal, portanto!

Na realidade é tudo quanto precisam para tapar a imundice em que se movem, com uma pequena diferença, quem é que puxa o cobertor desta vez? Porque ou se tapa a cara e destapam os pés ou o contrário. E, quer dum lado, quer do outro, a imundice é a mesma!

Qual é a solução? Os homens bons não se querem expor ao vexame desta imundice. Sobram os crápulas, os "testas de ferro", os "capangas" de uma economia em ruína, que atira para o saco público os seus devaneios e as suas vanidades. Depois, uns fogem, outros andam por aí de recurso em recurso, até ao arquivamento final. Ficha limpa e começa tudo de novo! Hoje, é este o nosso destino.

Será que todos queremos continuar assim? É claro que não... e o desesperado apelo ao voto de alguns candidatos mais destacados, mostra-nos o caminho, o que lhes mete medo, a abstenção! Mas há uma arma ainda mais afiada para combater este estado de coisas: o Voto! Sim, o Voto em Branco! É a única forma que temos, de pacificamente e responsavelmente,  deixarmos esta classe de políticos e magistrados que os apoiam e que lhes dão cobertura, sem ar. Será a única forma de os fazer tremer, lá do alto dos seus cargos. Será a única forma de lhes cortar os tentáculos que a todos prejudica e só a eles beneficiam.

A abstenção, embora possa ter a mesma leitura, não tem a mesma força do Voto em Branco. A primeira, pode sempre representar o laxismo, a irresponsabilidade e o comodismo; a segunda, representa o protesto a vontade de mudar, representa a mensagem de que "não vos queremos, vão-se embora!".

Em quem votas então? Eu voto...


3 comentários:

Anónimo disse...

Eu alinho!

Um TALo De Cebola disse...

Sou, sempre fui, um não-alinhado irredutível. Sempre votei, no entanto contra alguém ou algum partido. Hoje, estando a olhar para o cartão de eleitor, estava mais inclinado a abster-me como forma de protesto. Porém, ao ler este artigo, bem apelativo e de bom argumento, fiquei convencido e aqui vou eu votar em BRANCO. É de facto uma forma de protesto mais forte. Às Urnas, pois, mas em BRANCO!

Vitor B. disse...

O Voto em Branco subiu 248%, de 1,06%, para 4,26%. Sente-se o crescimento de uma vontade de mudança, uma revolta pacifica para alterar este estado de coisas!
Nunca um presidente, foi eleito com tão poucos votos!

O destino não está traçado e esta força prova-o!

Ninguém fala desta força dos Votos em Branco, porquê?

- É um voto de consciência e é irrefutável e não permite dilações!

AGORA SÃO AS LEGISLATIVAS....