quinta-feira, 12 de junho de 2008

Cabeço do Pião!


Foto Blog, S. Jorge da Beira, autor Xico Genro

Sobre este assunto escreveu a Delfina em 11 de Março de 2007

Não sei se ajuda, mas aqui vai uma informação (2006) sobre o assunto que aqui tem sido referido Fundação Minas da Panasqueira planeia turismo Câmara do Fundão avança com contactos A Câmara do Fundão vai aderir à Fundação Minas da Panasqueira, um novo organismo dedicado a projectos na área turística para aquela região, adiantou à agência Lusa Paulo Fernandes, vereador com o pelouro da Cultura, no executivo. “Quando os recursos da mina se esgotarem, vai ser necessária uma entidade que possa gerir a recuperação turística e ambiental daquela área”, sublinha o autarca, recordando que a Câmara do Fundão tem em curso o projecto de recuperação do Cabeço do Pião, junto ao Rio Zêzere.

A autarquia pretende reconverter diversas infra-estruturas daquela antiga aldeia, como a lavaria de minério, em alojamentos e unidades de restauração, para fins turísticos.

Denominado de Projecto Rio, faz parte da candidatura PITER (Programa Integrado Turístico de Natureza Estruturante e Base Regional) entregue pela Câmara do Fundão à administração central.

A Fundação Minas da Panasqueira foi criada pela Junta de Freguesia de Silvares (Fundão), Associação de Desenvolvimento Pinus Verde e pela Beralt Tin, empresa que explora as Minas da Panasqueira, mas procura agora agregar as câmaras.

Além da Câmara do Fundão, estão a ser feitos contactos com os municípios da Covilhã e de Pampilhosa da Serra, para que integrem também a fundação.

Segundo Paulo Fernandes, “a cooperação entre as diferentes autarquias tem um papel importante, uma vez que as Minas da Panasqueira englobam territórios dos concelhos da Covilhã, Fundão e Pampilhosa da Serra”.
15-04-2006 Lusa

Vítor Baptista escreveu em 28 de Fevereiro de 2007

Caros,

Atentem na notícia anexa. Nos últimos tempos tenho tido acesso a outras sobre o mesmo tema.

A história do Couto Mineiro, que começa na Panasqueira e a esta localidade está, umbilicalmente, ligada, começa, lentamente, a transitar-se para o Cabeço do Pião!

A que se deve este fenómeno?

Ao interesse de uns e desinteresse de outros?!

O que é o Cabeço do Pião?

Enquanto o Couto Mineiro funcionou no seu todo, lembram-se qual era a designação daquela secção?... RIO, simplesmente... e muito poucos a ligavam a Silvares, muito menos ao Fundão!

Aliás, todos se lembram da qualidade da estrada que ligou, por muitos anos, a "Parada do Rio" a Silvares (...uma vez, fomos nós, de S. Jorge, que lá fomos plantar couves nos buracos!).

Todos recordam a miséria que foi, anos a fio, a "Curva do Rio". Nunca, ninguém, no concelho do Fundão, se interessou por aquele lugar recondito e encravado!

De repente tudo muda. O Rio é Cabeço do Pião, o interesse económico do couto mineiro, cada vez mais se transforma em interesse cultural. A Região Centro atribui significado à preservação do interesse histórico da memória e dos equipamentos existentes. Existem projectos, chegam fundos, surgem iniciativas e, ocorrem, progresso e expectativas novas para as populações
residentes!

Do outro lado do Zêzere, assistimos à degradação dos equipamentos e da memória da Panasqueira (salvem-se as fotos do Francisco no Blog da Delfina!). O verdadeiro berço do couto mineiro assiste ao nascimento de um novo protagonista que o relega para uma razão afastada da sua (nova) glória!

Como se ensacar minério, à luz do sol, se comparasse ao rebentar das frentes de fogo e aos "desmontes", que à força de braços, do sangue cuspido e de orfãos em barda, faziam "parir" das entranhas da nossa terra o "ouro negro" que alimentava os sacos que enchiam as camionetas no Rio.

Nada do que digo, visa minimizar o holofote que aponta para o Cabeço do Pião! Parabéns aos promotores e dinamizadores! Do fundo do coração...

Agora, não posso deixar de exprimir a minha mágoa pela falta de iniciativa das "nossas" forças vivas. Falo do Município da Covilhã e, como é óbvio, das Juntas de Freguesia de S. Jorge e Aldeia de S. Francisco. Falo também de todos nós e da falta de debate sobre este e outros temas, em todos as ocasiões em que nos reunimos ou através de todos os meios que nos unem.

Não estou disponível para defender ninguém, muito menos para atacar seja quem for! O que se pretende são ideias...

1. Quais são os programas disponíveis para este tipo de iniciativas? (Em Silvares e no Fundão sabem!...)

2. A Panasqueira tem equipamentos e memória que justifique a candidatura a um programa deste tipo?

3. Quem são as entidades competentes/responsáveis por tomar este tipo de iniciativas?


Um abraço franco!

Agora o artigo!!!!!.... finalmente!

Diário XXI Beira Interior

Espectáculo multimédia leva Cabeço do Pião a Castelo Branco
Quarta-Feira, 28 de Fevereiro de 2007


Produção da ESART para ver no Cine-Teatro Avenida

A música de câmara e as potencialidades do multimédia vão unir-se num
espectáculo que pede interacção ao público a localidade do Cabeço do Pião, zona mineira no concelho do Fundão, é o ponto de partida de um espectáculo multimédia, que é hoje apresentado no Cine-Teatro Avenida, em Castelo Branco. Na concepção da produção, que nasceu no seio da Escola Superior de Artes Aplicadas do Instituto Politécnico albicastrense, conjugam-se o grupo de música de câmara da instituição, bem como uma mostra de curtas-metragens.

“O objectivo desta iniciativa será fazer uma primeira abordagem ao espaço e à comunidade local do Cabeço do Pião, apresentando um projecto que foca a área da produção de eventos multimédia”, refere a organização, sobre o espectáculo que começa às 21h30.

Num outro nível, os temas recolhidos junto de uma aldeia que viveu da extracção do volfrâmio das Minas da Panasqueira, vão servir para a síntese das formas contemporâneas de produção artística, como é o caso da interactividade: “Por um lado a música como área de performance, por outro a multimédia e o audiovisual como áreas de partilha, distribuição e difusão de conteúdos”. O espectáculo, que se insere na edição deste ano do Fórum da Escola Superior, será também uma oportunidade para a escola promover as suas actividades, “projectando as mais valências da ESART”. Estão, por isso, envolvidas no projecto as disciplinas de Ateliê de Produção Multimédia e Audiovisual e Música de Câmara, onde decorreram aulas conjuntas.


Antiga zona de lavagem do minério o Cabeço do Pião localiza-se no concelho do Fundão e era o local onde, antigamente, se lavava o minério extraído nas Minas de Volfrâmio da Panasqueira. Actualmente, vivem no local cerca de 12 famílias de antigos mineiros. Nas imediações – a cerca de 15 quilómetros – o minério continua a ser extraído, pela Beralt Tin and Wolfram, a empresa concessionária. As Minas da Panasqueira são uma das maiores áreas de extracção de volfrâmio da Europa e tiveram o seu apogeu durante a II Guerra Mundial


Inês Pereira da Silva escreveu em 18 de Maio de 2003

Lugares
Projecto "Rio" - Reconversão do património mineiro da Panasqueira

Uma "mina" de ideias para o desenvolvimento

Longe vão os tempos em que as Minas eram a garantia de sobrevivência para as gentes da Panasqueira. A crise instalou-se e os resistentes limitam-se a esperar uma oportunidade. Conhecedora desta realidade, a Pinus Verde avançou com um Projecto de Requalificação do "Rio", como tentativa de inverter esta tendência negativa.

Em plena serra, quem segue a estrada que liga Silvares à Barroca e que acompanha o serpentear do Zêzere lá em baixo, num primeiro olhar não pode deixar de ficar surpreendido. Aqui e ali, por entre as manchas de pinheiro bravo, verdadeiras montanhas artificiais de areia e cascalho amarelo ocre irrompem do verde dos montes. Toneladas de areia, acumulam-se imponentes, criando pequenos cenários de uma paisagem quase lunar, tão bela quanto
estranha.

Cedo se percebe que o objecto do nosso espanto não é mais do que o primeiro sinal da presença próxima das Minas da Panasqueira. "As manchas de lua" são o resultado da ânsia com que antigos mineiros esventraram a serra em busca do precioso volfrâmio. As montanhas artificiais têm o seu correspondente em "negativo" nos milhares de quilómetros de galerias escavadas debaixo da terra.

Durante anos, as Minas da Panasqueira foram o sustento das populações da região. Diz quem sabe, que os mineiros viviam mal. Ganhavam pouco e trabalhavam muito. Mas as boas instalações do Clube Desportivo e Recreativo das Minas da Panasqueira, a tradição do hóquei em patins, os campos de ténis, o Hospital particular, o supermercado com preços mais baixos, os canteiros floridos na beira da estrada principal são recordados com saudade. Marcas dos tempos em que o rebuliço diário era sinal de prosperidade.

Crise profunda

Nesses tempos, estes pequenos prazeres permitiam uma existência "senão boa, pelo menos razoável". Só que a instabilidade do mercado de volfrâmio deitou tudo a perder. Hoje, as Minas da Panasqueira são a única mina de volfrâmio da Europa, num mercado dominado por russos e chineses, capazes de, a qualquer momento, colocarem no mercado produtos a preço de saldo.

A crise instalou-se. As pessoas foram obrigadas a partir, em busca de sustento, de melhores condições de vida, ou simplesmente para não serem esquecidas.

Para os que ficaram, o cenário é de desolação. Instalações abandonadas, estradas com "crateras", estruturas metálicas ferrugentas, ruínas e escombros... Gente esquecida, que se limita a esperar, porque mais não pode fazer.

Paulo Fernandes conhece bem estas histórias. Primeiro, quando dedicou a sua tese de licenciatura em Relações Internacionais ao papel da Panasqueira nas relações entre Portugal, Inglaterra e Alemanha durante a Segunda Guerra Mundial. Mais tarde, já como director-executivo da Pinus Verde, quando se apercebeu do enorme potencial de desenvolvimento que as Minas encerram.

O Plano Global de Acção do Projecto "Rio", da Pinus Verde, tem cinco eixos fundamentais - Criação do Centro MinAventura, Couto Jovem, Centro de Documentação das Minas/Parque Arqueológico das Minas, Centro de Investigação na Área Florestal e Ambiental, e Lavaria de cara lavada.

Um projecto desta grandeza necessita da participação integrada de muitos parceiros, entre associações como a ADERES, a Junta de Freguesia de Silvares, ou a Câmara Municipal do Fundão, ao mesmo tempo que exige uma elevada articulação de programas de apoio. Aldeias Digitais, Contratos de Aldeia, Procentro, INTERREG e Acção Integrada do Pinhal Interior (CCRC), AGROS, AGRIS, RURIS, POEFDS, POE, LEADER + ou POA, entram nas contas dos promotores da iniciativa como eventuais fontes de iniciativa.

"Um projecto de uma vida."

A aldeia do Rio esconde-se por detrás de um monte, longe da vista de quem atravessa a estrada. Os caminhos são maus e traiçoeiros, mas uma vez ultrapassados permitem encontrar a pequena aldeia que se debruça sobre o rio. O Rio ou Cabeço do Pião, como também era conhecido, fazia parte de uma das três secções construídas de raiz para a exploração de minério e para a habitação dos mineiros. Salpicadas pelo monte encontramos a estrutura da Lavaria, o armazém de tratamento de minério, o Bairro Chinês, a Messe, os armazéns, a escola, algumas casas, um campo de hóquei em patins e outro de ténis, que deixam adivinhar a grandiosidade que o empreendimento teve noutros tempos.

Uma pequena aldeia com as suas idiossincrasias, que de acordo com Paulo Fernandes faz do Projecto "Rio" o "projecto de uma vida". O director executivo da Pinus Verde conhece o projecto como ninguém. Monte acima, monte abaixo, numa visita guiada às velhas instalações, lá vai mostrando com entusiasmo o velho armazém que dará lugar ao Centro MinAventura, cujo objectivo é ser um dos centros de actividades de ar livre de referência no espaço nacional. A descrição é tão viva que quase conseguimos ver as canoas reluzentes encostadas à parede, e mais ao lado as pranchas de sunboard e snowboard.

No outro armazém ficará a "Cantina do Mineiro", um pequeno restaurante que pode funcionar como mais um estímulo para a reabilitação turística da região. Mais acima fica o Bairro Chinês. Memória das condições miseráveis em que alguns mineiros viviam. O nome vem da reduzida dimensão das habitações. As 36 residências existentes vão dar lugar a cerca de uma dezena de T1, enquadrados numa perspectiva de Turismo de Aldeia.

Na antiga messe, onde antes ficavam os quadros superiores que se deslocavam de fora para trabalhar nas Minas, ficará a funcionar o Albergue para a Juventude, que disponibilizará 25 a 30 camas. A poucos metros de distância a escola, onde vão ficar o Centro de Documentação e Investigação, a Escola Digital e a sala de formação. Pretende-se criar um centro que aglutine e organize todo o legado histórico sobre o funcionamento das minas.

Os projectos não ficam por aqui. Entre uma e outra visita, Paulo Fernandes vai discorrendo sobre as actividades desenvolvidas em paralelo, como a marcação das rotas do Volfrâmio ou o Parque Arqueológico da Lavaria. Para já, o Couto do "Rio" continua como marco da memória orgulhosa de várias gerações de mineiros, mas com um futuro pouco radioso, que a Pinus Verde quer mudar. Para os que ficaram a hora é de espera. Esperar que a vida melhore, esperar por uma oportunidade, esperar no café quase deserto até que alguém anime a velha mesa de matraquilhos agora encostada a um canto.

Vítor Baptista escreveu em 18 de Maio de 2003

----- Original Message -----
From: "VitorCarmoBaptista"
To:
Sent: Sunday, May 18, 2003 6:03 PM
Subject: [cebola_s_jorge] Património da Panasqueira tem importância mundial


A 1ª página do JORNAL DO FUNDÃO desta semana tem como tema o assunto em epígrafe. Por dificuldades de acesso para aqueles que não são assinantes do JF, transcrevo, na íntegra, a totalidade da matéria do artigo com indicação de autor. Para os que são assinantes do JF, podem consultar directamente o artigo no endereço:
http://jornaldofundao.sapo.pt/index.asp.


Porque é que considero esta notícia importante?

Se lerem atentamente o artigo abaixo, repararão que a iniciativa deste debate, curiosamente, nasce no concelho do Fundão. Ora que eu saiba, no concelho do Fundão, de Couto Mineiro, só existe a secção de lavagem e armazenamento de volfrâmio, a Secção do Rio, na freguesia de Silvares.

No entanto, a noticia só tem impacto, porque fala da PANASQUEIRA, situada no concelho da Covilhã e na freguesia de S. Jorge da Beira. Não tenho intenção, com este alerta, de abrir uma frente de hostilidades contra nada, nem contra ninguém. Apenas pretendo alertar para este facto, porque considero a iniciativa importante e digna de todo o nosso apoio. Apenas pretendo alertar para a necessidade de nos certificarmos se as entidades competentes, têm conhecimento desta iniciativa e se nela participaram? Refiro-me à Câmara Municipal da Covilhã, à nossa Junta de Freguesia e outras Associações da terra?

Temos que apanhar este comboio, sem preconceitos, e sem falsas lutas contra tudo e contra todos. Temos que estar lá! E quem nos deve representar são os nossos eleitos, foi por isso que os escolhemos. Temos que saber que projecto é este, o que envolve, quem envolve e, sobretudo, qual o papel reservado ao primeiro núcleo mineiro da PANASQUEIRA, na freguesia de S. Jorge da Beira? Quanto ao núcleo da Barroca, na Aldeia de S. Francisco de Assis, levanta-se a mesma questão. Não devemos esquecer-nos que juntos temos mais força!

O que me preocupa ainda mais, é o facto de, nas últimas visitas que fiz a S. Jorge, ter constatado que transformámos a Panasqueira no depósito de lixo da freguesia! Com aquele espectáculo horrível de fumo e lixo, ao dobrar da curva para o "Barroco Fundo", de onde se avistam as primeiras casas dos "Trogais". Faço votos para que esta vergonha tenha terminado e para que tenham já procedido à recolha do lixo e limpeza daquele local. Este é um problema da Junta de Freguesia e, sobretudo, da Câmara Municipal da Covilhã.

Bom, espero que esta nota desperte as «nossas» consciências para a necessidade de iniciativas na nossa freguesia. Com a chegada das férias do verão devem dar-se passos significativos nesta direcção. Devem movimentar-se as Associações no sentido de, todos, se reunirem para o debate deste tema e para a apresentação de ideias e propostas concretas às nossas entidades, que têm o dever de nos acompanhar e ouvir.

O tempo que passa não está a nosso favor!
Cumprimentos,
Vitor do Carmo Baptista


Património da Panasqueira tem importância mundial

Os especialistas dizem que o "Projecto Rio" tem todas as condições para revalorizar um património que é emblemático no contexto nacional e internacional OS ELOGIOS ao projecto de preservação e valorização do couto mineiro e ao potencial do seu património marcaram a sessão de abertura das jornadas internacionais sobre património mineiro, que estão a decorrer, desde quarta-feira no concelho do Fundão, com a presença de prestigiados especialistas na matéria.

Todas as intervenções foram favoráveis à afirmação de um projecto, que é único no país e beneficia das condições necessárias à sua viabilização, mas que terá necessariamente que contar com uma cooperação alargada para salvar um património ligado às únicas minas de volfrâmio que ainda estão a laborar na Europa. O desafio tem a marca da Pinus Verde e conta com parceiros como a Beralt Tin & Wolfram, SA, e Câmara Municipal do Fundão.

Hugues de Varine, comissário das jornadas, falou da filosofia geral do projecto e da necessidade de mobilizar sinergias e competências, aproveitando a dimensão técnica, científica, cultural, social, económica e ambiental do território em torno de um projecto que se desenvolverá por várias etapas e acções.

Da história das Minas da Panasqueira e da relevância que chegaram a ter no panorama geológico-mineiro nacional e mundial, falou Ramachondra Naik, administrador da Beralt, que valorizou a relação de proximidade que as Minas continuam a ter com as populações da região, defendendo que "todo o esforço para dar continuidade à laboração da mina representará um contributo não só para preservar, mas também para engrandecer o nosso património mineiro".

José Manuel Brandão, do Museu do Instituto Geológico Mineiro chamou a atenção para a importância de preservar a nossa memória colectiva através da concretização de iniciativas como o projecto-rio, sublinhando o papel relevante que as minas tiveram na história contemporânea e defendendo a "preservação de um lugar emblemático no contexto nacional e internacional".

Para aquele responsável do Museu do Instituto Geológico Mineiro, "tudo o que aqui se fizer para a revalorização do património mineiro e geológico é extremamente importante". José Manuel Brandão afirmou que do ponto de vista dos minerais e das formas, "a Panasqueira tem exemplares absolutamente excepcionais, cobiçados por coleccionadores de todo o mundo", mas lamentou a falta de atenção que o nosso país dedica a áreas fundamentais da nossa memória colectiva, afirmando que "em Portugal ainda está por fazer o levantamento exaustivo do património mineiro" e denunciando o facto de "arquivos contando histórias de minas terem ido parar a fogueiras".»

Por: Lúcia Reis


in JORNAL DO FUNDÃO, Edição: 16-05-2003.

4 comentários:

Anónimo disse...

e?
onde ficamos? na mesma como a lesma a ver a autarquia do fundão a aproveitar as minas que são da covilhã em proveito do concelho

Anónimo disse...

É, exactamente isso! A não ser que a Autarquia da Covilhã, a Junta de Freguesia de S. Jorge da Beira ou a Junta de Freguesia da Aldeia de S Francisco de Assis, tenham alguma coisa a dizer sobre o assunto!

finadamina disse...

Ei Vitor, então agora deste em "guardador" ( ainda bem) da nossa memória recente?
De facto é bom, de vez enquanto, fazermos uma revisão do dito, do não dito ou do que ficou por dizer.

Da minha parte agradecida, pois serve para reflectir, mesmo que não se diga (escreva)nada.

Anónimo/a, o Fundão não está a aproveitar as Minas que são da Covilhã.
O Fundão, está, e bem, aquilo que lhe pertence por direito.
A recuperar a lavaria, a casa dos baldes, as casas ...estão a preservar aspectos da actividade e da vida mineira.
Penso que estão no caminho certo.

Nós, Covilhã, é que estamos mal.
Assiste-se à lapidação do património mineiro de forma impávida e serena.

Anónimo disse...

Sabes Delfina, neste, como em outros assuntos, muitos opinamos e até damos sugestões, mesmo aqueles que representam o povo de S. Jorge, um dia na oposição, outro no poder!

Eu "não guardo as cabras de ninguém"! Mas (tento) relembrar as posições assumidas por todos os que me lembro e aquelas que consigo recolher, e garanto-te, que algumas mudam com os anos e conforme as posições!

Felizmente, hoje podemos recorrer a estes instrumentos e lembrar a todos, que podemos fazer sempre mais e melhor e que até já o afirmámos... Há muito mais material disponível, basta os interessados procurarem... mais uma vez alerto, que isto não é caça às bruxas, é um apelo à coerência!

Vitor