sexta-feira, 27 de dezembro de 2013

Saída sem Saída ?


São cada vez mais as vozes que se juntam à voz do economista João Ferreira do Amaral. A saída do euro apresenta-se cada dia como mais inevitável para os ditos países da periferia. O português médio começam a compreender o que significa estar dentro da moeda única, sentindo na pele o significado do desemprego, a inércia das medidas que tardam e (quase nunca) funcionam, o significado do sentido de "centro de decisão comum", o significado de "interesses dos mais fortes", o significado de "não há almoços grátis"... À esquerda do PS, já surgem no BE, contra a linha oficial, vozes dissonantes que apontam o caminho da saída como a única alternativa que permitirá a Portugal renascer com um ritmo próprio, não dependente de terceiros, com todas as vantagens que a soberania e flexibilidade da moeda própria permitem. Há alternativas para "um afastamento monetário" e a discussão é útil, mas o equilíbrio das forças não é fácil.

25 de Maio de 2014 aproxima-se, e é inevitável e saudável relançar a discussão sobre as consequências e os benefícios da moeda única. Sobretudo pensar o euro à luz do que nós cidadãos sentimos nas nossas vidas para o melhor e para o pior e, acima de tudo, ponderar sobre o que dela podemos esperar. Em Maio temos uma nova oportunidade de decidir sobre o nosso futuro comum, dentro da Europa, dentro da moeda única. É o tempo de iniciar uma discussão prática e acessível a todos. É o tempo das forças no terreno apresentarem as suas propostas, é o tempo de novas forças sociais emergirem de movimentos genuinos que representem uma nova vontade de actuar, é o tempo de nós cidadãos agirmos em benefício do bem comum.
Só estamos à altura das nossas exigências se agirmos agora, caso contrário é tempo de nos subordinarmos, resignados(?)!

Sem comentários: